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Segunda-feira, 20 de maio de 2024 - Email: [email protected]

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Herpes zóster: uma doença difícil, mas que tem tratamento e conta com vacina eficaz

O diagnóstico é realizado por exames clínicos e pela observação da evolução do quadro clínico-epidemiológico

Sandra Gomes de Barros

Já ouviu falar de herpes zóster? Mais popularmente conhecido como “cobreiro”, o herpes zóster é uma doença que causa erupção cutânea dolorosa, quase sempre com o aparecimento de bolhas. Ela surge pela reativação do vírus varicela-zoster (que, por sua vez, é o causador da catapora), que em muitos casos persiste, adormecido, no organismo após a pessoa desenvolver a doença durante a infância ou a adolescência. Entre outros sintomas que podem surgir nos casos leves, há febre, dor de cabeça e tremores.

Contudo, justamente por não ser tão conhecida e por não exigir notificação junto aos agentes de saúde, pois não é contagiosa, a doença tem poucos dados oficiais disponíveis, então é difícil estabelecer um cenário preciso a seu respeito. Um estudo da Universidade Estadual de Montes Claros (Unimontes), publicado em 2021, mostrou que o número de casos de herpes zóster aumentou 35,4%, na média, de pouco mais de 30 casos/milhão de habitantes, antes da pandemia de Covid-19, para quase 41 casos/milhão de pessoas em 2020.

A complicação que mais preocupa nos quadros agudos de herpes zóster é a chamada neuralgia pós-herpética (NPH), que se caracteriza pela ocorrência de dor neuropática. O quadro causa sensação de queimação, agulhada, choque, formigamento ou adormecimento e pode comprometer bastante a qualidade de vida do paciente. A condição normalmente surge cerca de um mês depois do aparecimento das bolhas.

O risco de desenvolver o herpes zóster aumenta com a idade. Assim, pessoas idosas têm mais chance de ter a doença em sua forma mais grave, associada à NPH. Ao longo de toda a vida, cerca de 30% da população pode desenvolver a doença. Porém, ela também pode ser desencadeada por estresse e baixa imunidade, o que faz com que atinja muitas pessoas fora da principal população de risco. O fator emocional, que interfere na imunidade, é um caminho para explicar a reativação do vírus.

Além da possibilidade de a pessoa desenvolver a NPH, que vira uma dor crônica, o herpes zóster pode atingir cérebro e pulmões de pessoas incluídas na população mais vulneráveis, causando pneumonia, cegueira, encefalite e podendo levar a óbito. Vale lembrar, também, que é comum que pessoas idosas tomem diferentes remédios, o que facilita a interação medicamentosa e torna o tratamento ainda mais complexo.

O diagnóstico é realizado por exames clínicos e pela observação da evolução do quadro clínico-epidemiológico. O tratamento geralmente é realizado por meio do uso de antivirais e analgésicos, que devem ser prescritos por um médico de confiança.

Recentemente, foi disponibilizada no Brasil uma nova opção de vacina inativada recombinante contra o herpes zóster. A vacina Shingrix atua de maneira diferente da vacina até então disponível, a Zostavax – composta por vírus vivo atenuado. A Shingrix tem uma vantagem importante, pois é segura também para a população imunossuprimida em razão de doenças ou do uso de medicamentos imunossupressores – os quais, inclusive, aumentam as chances de desenvolvimento da doença. Indicada para adultos a partir de 50 anos de idade e para pessoas com mais de 18 anos com risco aumentado de herpes zóster, a proteção dessa vacina dura até 10 anos.

É muito importante que as pessoas dentro da faixa indicada se vacinem contra o herpes zóster. Além disso, também é essencial que as pessoas mais jovens, que dadas as crescentes exigências do mercado de trabalho, as complexidades no dia a dia das grandes cidades e as dificuldades de relacionamento tão típicas deste momento em que tudo é digital – inclusive a vida perfeita dos outros, não a nossa –, estão comprometendo a própria saúde mental. Fora dos grupos de risco, a manutenção da qualidade de vida e da saúde global, física e mental, é crítica para evitar o surgimento de herpes zoster.

* Sandra Gomes de Barros é infectologista e professora do curso de Medicina da Universidade Santo Amaro – Unisa.

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