Os trabalhos para a 6ª Rondônia Rural Show, que ocorrerá de 24 a 27 de maio, em Ji-Paraná, não param. Conforme o coordenador de Agropecuária da Secretaria Estadual da Agricultura, Júlio Rocha Peres, os expositores estão implantando as áreas de demonstração de serviços tecnológicos e soluções inovadoras para plantio, cultivo, criação, integração, pastejo rotacionado, manejo e processamento.
Uma novidade para a 6ª Rondônia Rural Show é a mudança para uma área própria de 50 hectares, localizada na BR-364, Km 333, na zona rural de Ji-Paraná, a 11 quilômetros da sede, sentido Presidente Médici.
“A área está sendo dividida em setores destinados aos expositores de máquinas e equipamentos, lojas agropecuárias, núcleo institucional, piquetes para animais, e uma ampla área para exposições de tecnologias produtivas e dinâmicas de máquinas e equipamentos”, informou o coordenador da Rondônia Rural Show, José Paulo Gonçales.
No seu terceiro ano de participação na feira, o gerente comercial da Matsuda Jorge Nogueira disse que as expectativas são maiores que nos anos anteriores. “Estamos confiantes, temos uma área com mais de seis mil metros quadrados para cultivo, já plantamos 28 variedades de capim. Os nossos técnicos da empresa ensinarão durante a feira técnicas novas de plantio e colheita para silagem de capim”.
A Rondônia Rural Show é a maior feira de tecnologia e oportunidade de negócios voltados ao setor agropecuário, realizada anualmente pelo governo do Estado. A cada edição o evento se fortalece, o crescente volume de negócios e público que em 2016 teve mais de 69 mil participantes, surpreendem, e as inovações apresentadas atraem cada vez mais a atenção.
“O objetivo da vitrine tecnológica da Matsuda neste ano é trazer tecnologia. É uma feira que traz muitos negócios, mas nosso objetivo é trazer tecnologia para que o produtor obtenha melhor produtividade e renda. Os trabalhos de implantação já estão prontos, as sementes já germinaram, agora é só cuidar e aguardar o início da feira”, afirmou Nogueira.
R$ 2 bi em cinco edições realizadas
Para o secretário de Agricultura, Evandro Padovani, a feira é um exemplo de que o setor produtivo de Rondônia está em expansão. “As cinco edições somaram mais de R$ 2 bilhões em negócios, aplicados diretamente no setor agropecuário do Estado. Para a edição 2017, o objetivo é aproximar o produtor das novas tecnologias. Mostrar que é possível melhorar a renda com a adoção das novas tecnologias”, acentuou.
Segundo José Paulo, os espaços para os expositores são gratuitos, ficando a cargo dos expositores os custos relacionados à instalação de suas tendas, estandes, trailer e container. “A reserva dos espaços para novos expositores pode ser realizada até 1º de março, pois os expositores da edição anterior já estão com espaços garantido”, alertou Gonçales.
Centro tecnológico para pesquisas no campo
Conhecer o projeto do Parque Tecnológico de Brasília (Biotic) para que o governo de Rondônia possa adequar a área da Rondônia Rural Show em um centro tecnológico de pesquisa agropecuária. Esse foi o assunto da reunião entre o secretário de Estado da Agricultura, Evandro Padovani; o superintendente de Desenvolvimento de Rondônia, Basílio Leandro; e o presidente da Agência de Desenvolvimento do Distrito Federal (Terracap), Júlio César Reis, nesta semana, em Brasília.
A ideia do governo Estadual é, além da realização da Rondônia Rural Show, fazer dentro do parque, em Ji-Paraná, uma base para pesquisas direcionadas ao desenvolvimento agrário com o apoio e a participação das instituições de ensino do Estado.
Durante a reunião, o presidente da Terracap mostrou um vídeo do parque tecnológico que iniciou no ano de 2000. Segundo ele, o Biotic tem foco na inovação, tecnologia da informação e biotecnologia, e o empreendimento será gerido por um fundo de investimentos de gestão privada. “Hoje a Embrapa está sendo instalada dentro do Parque; a Microsoft quer se instalar e outras empresas também demonstram interesse”, explicou.
De acordo com Evandro Padovani, o governador Confúcio Moura quer que a partir da 7ª edição da Rondônia Rural Show, em 2018, já não seja o Estado que esteja à frente da administração, mas a iniciativa privada. “Seria uma parceria público-privada para que o parque seja um centro tecnológico de pesquisa que funcione durante o ano todo para quando chegar a época da feira já esteja toda a estrutura das vitrines tecnológicas estabelecidas nesta área e sendo utilizada na pesquisa agropecuária pelas universidades, Unir, pela Ulbra, Embrapa, Ceplac, pela própria Emater”, enfatizou.
O secretário explicou que o governo do Estado e outros parceiros da iniciativa privada já trabalham na pesquisa de sementes de capins, de milho de soja, de arroz.
Fonte: Assessoria