O vereador Fernando Silva (Republicanos) quer retornar à sessão híbrida na Câmara Municipal de Porto Velho e, junto com ela, promover um retrocesso que pode abrir precedentes inconvenientes para outros membros da Casa, que valorizam muito a presença nas sessões.
Em outras palavras, o vereador quer retornar ao período pandêmico em que as sessões permitiam a não participação presencial de parlamentares no plenário. As sessões atualmente duram no máximo até 3 horas e são realizadas duas vezes por semana. Não ter tempo para estar presente às sessões é, no mínimo, falta de compromisso.
Na sessão ordinária desta terça-feira, 19.08, o vereador pretende protocolar um projeto de Resolução da Mesa querendo a volta das sessões híbridas. Ele mesmo anunciou o projeto e, logo de cara, vários vereadores demonstraram certa contrariedade à mudança, inclusive o presidente Gedeão Negreiros.
Uns admitiram a presença de votação remota apenas em casos extraordinários (com o vereador estando fora da cidade e resolvendo problemas de interesse do povo ou da Câmara); outro vereador alegou que o Legislativo não tem suporte técnico para esse tipo de sessão; outro simplesmente não entende a proposta, pois batalharam muito para se eleger e agora querem distância física do plenário.
Houve outro vereador que alertou sobre a nocividade trazida pelas sessões híbridas: muitos deixaram de se reeleger porque faltaram às sessões plenárias na época da pandemia e receberam a resposta das urnas em 2024. Fora isso, ainda há a fiscalização dos órgãos de controle que acompanham de perto o registro da presença dos nobres edis. O projeto enfrentará muita resistência para ser aprovado.