Quarta-feira-10 de setembro de 2025 - Email: [email protected]

Paciente sofre para conseguir atendimento para varíola do macaco

Paciente relata dificuldade em conseguir fazer o exame para detecção da varíola de macaco na rede pública do DF. Lacen começou a realizar exames com o objetivo de agilizar ações sanitárias. Brasília tem 38 casos confirmados da doença


Renata Nagashima
Infectados são considerados curados quando as lesões secam e caem – (crédito: HANDOUT)

Entre os 97 moradores do Distrito Federal com suspeita de infecção por varíola do macaco — também conhecida como monkeypox e varíola símia — está um professor de 27 anos. Enquanto aguarda os resultados dos exames laboratoriais, o paciente, que preferiu ter a identidade mantida em sigilo, sofre com os sintomas e com o descaso que relata ter sofrido ao buscar atendimento nas unidades de saúde pública. Até o momento, há 38 confirmações da doença em Brasília

O professor contou que procurou uma unidade básica de saúde no Cruzeiro e o Hospital Regional da Asa Norte (Hran) na última quarta-feira (27/7), mas voltou para casa sem fazer os exames. “Os profissionais da saúde me receberam como se eu fosse de outro mundo, olhando com desdém. Não tem protocolos, e o Hran deixa as pessoas com suspeita juntos em uma sala fechada. Se você não tiver varíola, pega lá dentro”, reclama. Ele está com febre, dor no corpo, diarreia e feridas na região genital.

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O paciente relatou que os primeiros sintomas começaram no início da semana passada, com dor no corpo e febre. As feridas, características da varíola do macaco, apareceram na última segunda-feira (1º/8). Preocupado, ele decidiu insistir mais uma vez para tentar fazer o exame. “Voltei no Hran e consegui fazer a colheita do material para o teste depois de muita espera e descaso”, completa.

Médico infectologista e membro da Sociedade Brasileira de Infectologia, Marcelo Daher alerta que o diagnóstico precoce é a melhor forma de prevenir o surto da doença no DF. “É importante as pessoas que acharem que estão com a doença procurarem uma unidade de atendimento ter o diagnóstico, para que as medidas de contenção sejam tomadas, senão a gente acaba aumentando o risco de transmissão e como já está saindo do controle, vai ficar mais difícil controlar”, alerta Daher.

Questionada sobre os protocolos de atendimentos para pacientes com suspeita de varíola do macaco, a Secretaria de Saúde do Distrito Federal (SES-DF) informou que pessoas com sintomas da doença devem procurar um médico. “Durante a consulta, o profissional fará o pedido de exame laboratorial. Pacientes com confirmação para monkeypox são orientados a manter o isolamento social, e, além disso, são monitorados pela equipe de vigilância epidemiológica”, destaca o texto. A pasta não comentou sobre o caso do professor.

Medidas emergenciais
Para atuar no enfrentamento e no combate à varíola do macaco, a pasta criou o Centro de Operações Emergenciais (COE), por meio de uma portaria publicada no Diário Oficial do DF (DODF) nessa terça-feira. O objetivo é que o COE analise os padrões de ocorrência, distribuição, confirmação dos casos suspeitos de monkeypox em Brasília, elaboração de protocolos de vigilância, assistência e laboratório para o enfrentamento da doença. O comitê deve atuar por três meses, podendo ter as atividades prorrogadas por períodos consecutivos.

O Laboratório Central de Saúde Pública do DF (Lacen-DF) iniciou os testes para detectar a varíola do macaco nos cidadãos brasilienses na última segunda-feira. De acordo com a Secretaria de Saúde, a expectativa é de que o local consiga realizar 96 exames por semana. “Estamos fazendo os primeiros ensaios para oferecer à população do Distrito Federal e aos gestores o diagnóstico para que aconteçam as ações de vigilância com agilidade”, explica Graziela Araújo, diretora do Lacen.

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