Da Redação (com informações de agências internacionais) – O Oriente Médio vive nesta terça-feira (9) uma escalada inédita do conflito entre Israel e Hamas. Em uma ação surpresa, aviões israelenses bombardearam áreas da capital do Catar, Doha, atingindo locais onde estariam reunidos membros da alta cúpula política do grupo palestino.
Testemunhas relataram explosões fortes em bairros próximos ao complexo cultural de Katara e em áreas residenciais de alto padrão, gerando pânico entre moradores e estrangeiros. Colunas de fumaça foram vistas de vários pontos da cidade, que até então se mantinha afastada da linha direta de confrontos.
Segundo informações confirmadas por fontes de segurança, o principal objetivo do ataque era Khalil al-Hayya, considerado o chefe político mais influente do Hamas no exterior e responsável pelas negociações do grupo. Outros nomes citados como possíveis alvos incluem Zaher Jabarin e líderes ligados ao braço financeiro da organização.
O governo israelense batizou a ofensiva de “Dia do Julgamento” (Atzeret HaDin, em hebraico), deixando claro que a ação foi planejada como resposta direta às ofensivas terroristas atribuídas ao Hamas nos últimos anos.
Diplomatas avaliam que a ação pode representar uma ruptura definitiva nos esforços de paz conduzidos nos bastidores, já que o Catar era até agora um dos principais interlocutores aceitos por ambos os lados. A ofensiva ainda pode provocar realinhamentos políticos na região, afetando alianças estratégicas entre países árabes e potências ocidentais.
Especialistas em segurança internacional alertam para o risco de que o ataque em solo catariano abra um novo capítulo no conflito, ampliando a área de instabilidade no Oriente Médio e envolvendo diretamente Estados que, até o momento, atuavam apenas como mediadores.
É a primeira vez que Israel realiza uma operação militar de grande porte dentro do território do Catar. Até então, Doha vinha sendo reconhecida como espaço de acolhimento da liderança exilada do Hamas e palco de negociações delicadas para a libertação de reféns e acordos de trégua.
Com a ação desta terça-feira, a guerra deixa de se limitar à Faixa de Gaza e ao território israelense, alcançando uma nação que tradicionalmente mantém diálogo com diferentes lados do conflito.