A Marinha israelense interceptou nesta sexta-feira (3) o último dos 42 navios que tentavam romper o bloqueio marítimo à Faixa de Gaza, no âmbito da Flotilha Global Sumud. O Ministério das Relações Exteriores de Israel informou que quatro ativistas já foram deportados, enquanto os demais, entre os 470 detidos, estão em processo de expulsão do país.
Entre os detidos está a ativista sueca Greta Thunberg, que chegou a Israel na noite de quinta-feira, segundo fotos divulgadas pelo ministério. Todas as pessoas detidas estão bem de saúde, afirmou o governo.
“Os procedimentos estão em andamento para encerrar esta provocação e finalizar a deportação dos participantes dessa ação”, disse o ministério.
Mais de 600 policiais, junto a funcionários de imigração e representantes do sistema prisional, foram mobilizados no porto de Ashdod para receber os ativistas. Eles passaram por um “processo de inspeção completo” antes de serem entregues à Autoridade de População e Imigração e ao Serviço Prisional de Israel.
O último navio da flotilha, o Marinette, ficou para trás devido a problemas mecânicos. Uma transmissão ao vivo mostrou forças da unidade de comando naval Shayetet 13 entrando na embarcação. Os organizadores confirmaram posteriormente que todos os navios haviam sido interceptados.
A intervenção ocorreu depois que os organizadores rejeitaram a proposta de transferir a pequena quantidade de ajuda humanitária que transportavam para Israel ou para organizações internacionais. Eles insistiram em avançar diretamente para Gaza, território devastado após quase dois anos de combates desencadeados pela invasão do sul de Israel pelo Hamas em outubro de 2023. Atualmente, o grupo mantém 48 reféns, dos quais 20 a 22 estão vivos, segundo estimativas.
Enquanto isso, uma nova flotilha, composta por nove navios, zarpou da costa da Grécia, na tentativa de repetir a ação fracassada da Sumud.