Nesta quarta-feira (20), o Ministério da Saúde divulgou o novo protocolo para tratamento de pacientes adultos infectados pelo Covid-19. No texto, a pasta recomenda o uso de cloroquina para todos os tipos de caso, dos mais leves aos mais agressivos, variando apenas a quantidade do fármaco a ser ministrada.
O documento, segundo o Ministério da Saúde, tem o objetivo de ampliar o acesso dos pacientes a tratamento medicamentoso no âmbito do SUS e traz orientações para tratamento medicamentoso precoce de pacientes com diagnóstico de COVID-19, listando as diferentes doses de cloroquina e hidroxicloroquina ao longo do tratamento.
Entretanto, faz ressalvas sobre o uso e alerta para possíveis efeitos colaterais do medicamento: “a Cloroquina e a hidroxicloroquina podem causar efeitos colaterais como redução dos glóbulos brancos, disfunção do fígado, disfunção cardíaca e arritmias, e alterações visuais por danos na retina”.
Além disso, afirma que ainda não há comprovação científica da eficácia deste tipo de tratamento para o combate ao novo coronavírus (Sars-Cov-2) e que tal decisão deve ser tomada em conjunto por médico e paciente, sendo que o o segundo precisará assinar um tempo de anuência.
“Compreendi, portanto, que não existe garantia de resultados positivos, e que o medicamento proposto pode inclusive agravar minha condição clínica, pois não há estudos demonstrando benefícios clínicos”, cita trecho do Termo de Ciência e Consentimento que deverá ser assinado pelo paciente.
Casos leves – apresentam sintomas como anosmia (perda de olfato), ageusia (perda de paladar), coriza, diarreia, dor abdominal, febre, mialgia, tosse, fadiga e cefaleia.
O tratamento será feito da seguinte forma:
- Fase 1 (do 1º ao 5º dia) e Fase 2 (do 6º ao 14º dia) – Cloroquina
D1: 450mg 12/12h
D2 ao D5: 450mg 24/24h
+
Azitromicina
500mg 1x ao dia, durante 5 dias
Ou
Sulfato de Hidroxicloroquina
D1: 400mg 12/12h
D2 ao D5: 400mg 24/24h
+
Azitromicina
500mg 1x ao dia, durante 5 dias
- Fase 3 (após 14º dia) – Preescrever medicamento sintomático
Casos moderados – apresentam sintomas como Tosse persistente + febre persistente diária OU tosse persistente + piora progressiva de outro sintoma
relacionado a COVID19 (adinamia, prostração, hiporexia, diarreia) OU pelo menos um dos sintomas acima + presença de fator de risco. Serão tratados da seguinte forma:
- Fase única – consider internação, afastar outras causas de gravidade, avaliar presença de infecção bacteriana, considerar corticoide se sinais e sintomas respiratórios e considerar anticoagulação.
- Cloroquina
D1: 450mg 12/12h
D2 ao D5: 450mg 24/24h
+
Azitromicina
500mg 1x ao dia, durante 5 dias
Ou
Sulfato de Hidroxicloroquina
D1: 400mg 12/12h
D2 ao D5: 400mg 24/24h
+
Azitromicina
500mg 1x ao dia, durante 5 dias
Casos graves – apresentam sintomas como dispneia, que é a falta de ar aguda, e hipotensão. Devem ser tratados da seguinte forma:
- Fase única – Internação Hospitalar, afastar outras causas de gravidade,
avaliar presença de infecção bacteriana, considerar imunoglobina humana, considerar anticoagulação e considerar pulso de corticóide.
- Sulfato de Hidroxicloroquina
D1: 400mg 12/12h
D2 ao D5: 400mg 24/24h
+
Azitromicina
500mg 1x ao dia, durante 5 dias
Fonte: Painel Político