PORTO VELHO – O governo de Rondônia deu o ‘recebido’ nos 100 mil testes ilegais contra coronavírus comprados irregularmente de uma empresa paulista cuja representante tem fortes ligações pessoais com o atual chefe da Casa Civil, chegando a ser sócia em um empreendimento que foi apontado como ‘esquema de pirâmide” no Acre.
A compra foi feita em 7 de abril, e no chamamento constava que os kits deveriam ter registro na Anvisa e ser entregues em um prazo de 10 dias. O valor total foi de R$ 10,5 milhões, sendo que R$ 3 milhões foram pagos adiantados.
Além disso, os testes comprados pelo governo de Marcos Rocha servem apenas para triagem, ou seja, ele detecta apenas a infecção ativa, portanto, se o paciente estiver curado (mas ainda contaminando pessoas ao redor) ele não vai detectar, informou um médico ao Blog. Os mesmos testes foram rejeitados na Índia, por apresentarem baixíssima eficácia.
Fora tudo isso ainda tem a questão da entrega. Já se passaram 33 dias desde que venceu o prazo. A mercadoria chegou em São Paulo na semana passada, e está parada aguardando o registro na Anvisa o que não aconteceu. Porém, o governo em um ato de generosidade extrema, havia se comprometido a buscar a mercadoria em São Paulo e para isso enviou um avião do Corpo de Bombeiros na quarta-feira da semana passada.
Desde então, uma equipe está na capital paulista recebendo diárias e pagando hangar, que é caro, e por conta disso, o governo, novamente está sendo generoso, e resolveu dar um “voto de confiança” e deve embarcar os kits nesta quarta-feira, ou seja, deu o recebido na mercadoria ilegal.
Fonte: Painel Político