PORTO VELHO – “Adélio agiu como um “lobo solitário?”. E, “o que você pensa sobre o Bolsonaro querer ver reaberto o caso?”. O expressaorondonia fez essas duas perguntas a pessoas de idades e profissões variadas, e, mesmo quem disse não querer a reabertura negou a propalada ideia de que o esfaqueador Adélio era um “lobo solitário”.
Apenas dois disseram creditar que o esfaqueamento do então candidato Bolsonaro aconteceu a partir da ideia e da ação “de um homem só”, no caso o próprio Adélio, e como a intenção do site não era influenciar a outra resposta, foram deixadas de lado várias perguntas sobre o caso, que desde o dia o ocorrido deixa uma espécie de “mosca” na orelha de muita gente.
Dizendo ser estudante de Direito e “ não gostar de militares” (não foi perguntado isso), André, 23 anos, disse acreditar que foi mesmo um “lobo solitário” e “ponto final. A Polícia Federal já disse isso”. Mas quanto à segunda pergunta, sobre reabrir as investigações, mesmo alegando “não entender que haja motivos” disse ser favorável “até para mostrar que o delegado estava certo”.
(Segundo o delegado Rodrigo Morais Fernandes, responsável pela investigação, o crime foi motivado por discordância política e a investigação aponta que o agressor agiu sozinho no momento do ataque”, conforme o site uol.com.br dia 28 de setembro de 2018)
O professor de Educação Física Sebastião Correia disse não acreditar em “lobo solitário”. E imagina que “deve ter peixe grande por detrás do cara”, e os rastros encontrados pela PF poderiam servir de pistas”. Quanto a reabrir o caso, Sebastião apoia. “É um direito legal do presidente até para aclarar de vez tudo”.
O aposentado Alarcão Sidney não acredita em ação solitária. ”É o tipo de crime que não se pratica sozinho”, acrescentando ser a favor de reabrir o caso. “Como explicar que um dos mais caros criminalistas de BH, aportou em Juiz de Fora num jatinho. Quem pagou por isso?”. E vai adiante: “Na minha ótica, reabrir é um direito de qualquer cidadão, mais ainda quando esse cidadão vem acompanhado do mais alto cargo eleitoral da nação. Isso não é prerrogativa do Brasil, mas sim do mundo como um todo. A liturgia do cargo, impõe essa resposta ao Brasil todo”.
O jornalista Adair Perin, do jornal “Tribuna Popular”, de Cacoal, hoje o mais antigo jornal em Rondônia, foi objetivo: “Não acredito em ação solitária. As evidências são muitas, como por exemplo, o surgimento dos advogados, logo em seguida, em defesa do “louco”. Com relação a reabrir o caso, “quase mataram o cara e encerraram o processo alegando distúrbios. E se Bolsonaro quer a reabertura é por que ele sabe que tem algo errado”.
Já o médico Orlando Ramires, não acredita também que Adélio agiu sozinho. “Há muita coisa nebulosa no caso. Deve reabrir e apurar tudo mesmo”
Dizendo que “a Polícia Federal investigou e deu sua conclusão. Ponto final”, Ana Moreira, para quem “agora é tocar a vida em frente. O Adélio já disse que atuou só. Reabrir só vai provar que o delegado está certo”.
A bacharel Angelita Benarrós é categórica: não creio que o Adélio agiu sozinho. Tem indícios que existe gente envolvida nessa tentativa. O presidente tendo provas de fatos novos que possam elucidar o crime, pode e deve pedir a reabertura do inquérito. Tentativa de homicídio”.
O ex-deputado Luiz Gonzaga, constituinte estadual em 1989, disse que “falando sério não dá para acreditar numa só palavra do que o Adélio disse. Tudo fazia parte de um plano para evitar que um maluco desafiando todo mundo, ganhasse a eleição. Ganhou e tentam de todas as maneiras tirá-lo do governo”.