PORTO VELHO – Caiu como uma bomba no seio empresarial de Porto Velho o posicionamento do prefeito de Porto Velho, Hildon Chaves, de fazer um novo isolamento radical de 14 dias na capital. “O prefeito nunca fez nada pela saúde desde que assumiu há três anos e fechar o comércio não vai produzir remédios nem aumentar os leitos à disposição da população”, disse um dos líderes do movimento empresarial ‘Pensar Rondônia’.
Desde que assumiu a prefeitura de Porto Velho, em janeiro de 2017, o prefeito Hildon Chaves é acusado pela população de não dá a devida atenção ao setor de saúde. Nestes quase quatro anos foram várias crises nos poucos postos de saúde e nas Unidades de Pronto Atendimento (Upas). E o prefeito, um ex-promotor que ficou durante quase 16 anos como titular da Promotoria da Saúde na capital, mas pouco ou quase nada fez para melhorar o setor, sempre apontou para inimigos imaginários: ora a classe médica, hora os servidores.
Ampliar e radicalizar o Isolamento neste momento pode até agravar a situação, segundo outro líder empresarial, lembrando que depois de 120 dias de suspensão das atividades econômicas, muitas pessoas já começam a entrar em depressão. Na avaliação de alguns empresários ouvidos pelo Expressaorondonia, caso retornarmos ao isolamento radical, como propõe o prefeito Hildon Chaves, podemos começar a ter surtos de outras doenças, sem contar que, as famílias começam a ser contaminadas dentro de suas próprias casas, porque alguém tem de se expor para comprar os necessário à sobrevivência.
O combate ao coronavírus tem de acontecer em paralelo às atividades econômicas, afirma outro empresário o ramo da panificação, para quem as empresas vêm adotando todos os protocolos de proteção aos seus colaboradores e aos clientes.
Assim que divulgou a manchete com o posicionamento do prefeito de Porto Velho, a redação do Expressaorondonia recebeu várias mensagens e ligações de empresários se posicionando contra a proposta de novo isolamento social radical.
“Não é hora de pensar nisto. Isso poderia ter dado certo lá atrás. Agora, é hora de pensar em ampliar a rede de saúde e começar a tratar os infectados desde o início para que eles não precisem de UTI”, avalia o empresário Adélio Barofaldi. Ele lembra que nesta segunda-feira, amplia-se a rede de saúde na capital, com a entrada parcial do funcionamento do hospital Regina Pacis, com 60 novos leitos, sendo 12 deles de UTIs