Quarta-feira, 02 de julho de 2025 - Email: [email protected]

Dia do cinema brasileiro e a produção cinematográfica nacional

A data é uma homenagem ao dia em que o ítalo-brasileiro Afonso Segreto – o primeiro cinegrafista e diretor do país – registrou as primeiras imagens em movimento no território brasileiro, em 1898. Basicamente, Afonso Segreto fez imagens da entrada da baía de Guanabara, no Rio de Janeiro, a bordo do navio francês Brésil – a primeira filmagem em território

O articulista do UOL Leonardo Rodrigues publicou matéria muito interessante sobre a sétima arte produzida no Brasil com o seguinte título: 7 filmes que você precisa ver antes de falar besteira do cinema nacional.

Seja sicero. Você, digníssimo leitor do UOL, já deve ter ouvido diversas vezes: 1) “Ah, o cinema brasileiro é muito ruim”; 2) “Filmes brasileiros só têm palavrão e cenas de sexo”; 3) “Para que investir nisso, se o país tem problemas mais urgentes?” Se você já teve a infelicidade de repetir alguma dessas frases, fique com o recado: há poucas formas de estar mais equivocado.

Mesmo com problemas e dificuldades históricas de financiamento, o cinema produzido no Brasil foi e continua rico e pujante. E não somos nós, brasileiros, que estamos dizendo. Incontáveis prêmios e indicações recebidas nos principais festivais do mundo falam por si, assim como a admiração de importantes cineastas de vários países.

Se para você o que vale é apenas o argumento econômico, estamos falando, só para início de conversa, de um setor que gera mais 100 mil empregos no país e injeta R$ 19 bilhões anualmente na nossa economia. Tudo isso não foi suficiente para te convencer da importância do cinema nacional? Então que tal começar pelo básico assistindo aos filmes?

Para te ajudar no Dia do Cinema Brasileiro, trazemos abaixo um pequeno mas significativo recorte, com sete exemplos de produções primorosas e influentes. Caso você realmente goste de cinema e ainda tenha preconceito, provavelmente elas vão te fazer mudar de opinião.

‘Cidade de Deus’ (2002, dirigido por Fernando Meireles) Retrata o crescimento do crime organizado na comunidade que dá nome ao filme, com 60 atores principais, 150 secundários e 2600 figurantes. Mudou paradigmas do cinema brasileiro e recebeu quatro indicações ao Oscar (melhor diretor, melhor roteiro adaptado, melhor edição e melhor fotografia). Também influenciou Quentin Tarantino e o ator Michael B. JMichael B. Jordan, que se inspirou na história para criar o vilão de “Pantera Negra”.

‘Deus e o Diabo na Terra do Sol’ (1964, dirigido por Glauber Rocha) Mistura drama e faroeste ao contar a história de um sertanejo (Geraldo Del Rey) que leva uma vida sofrida no interior, em uma terra desolada e marcada pela seca. Considerado um marco do cinema novo, foi indicado à Palma de Ouro do Festival de Cannes e serviu de inspiração para cineastas consagrados. Entre eles, o sul-coreano Bong Joon-ho, que venceu quatro Oscars este ano com “Parasita”.

Limite (1931, Mário Peixoto) – Em um pequeno barco à deriva, duas mulheres e um homem relembram seu passado recente e acabam sem força para viver, atingindo o limite de suas existências. Lançado no período de transição entre os cinemas mudo e falado, o filme apresenta inovações em fotografia e montagem, além de trazer uma inventiva narrativa não linear. Já foi reverenciado em Cannes e serviu de influência até para a obra de David Bowie.

‘O Pagador de Promessas’ (1962, Anselmo Duarte) Acompanha Zé do Burro (Leonardo Villar), um homem humilde que enfrenta a intransigência da Igreja ao tentar cumprir a promessa feita em um terreiro de Candomblé. É denso, profundo e nos brinda com atuações edificantes. É um filme que encantou críticos do mundo e se tornou o primeiro nacional a ser indicado ao Oscar. Até hoje, é o único brasileiro a vencer o prêmio principal do Festival de Cannes.

‘Ilha das Flores’ (1988, Jorge Furtado) – O Brasil é reconhecidamente celeiro de grandes documentaristas, como Eduardo Coutinho, mas talvez nenhum filme do gênero sirva melhor como porta de entrada do que este curta de Jorge Furtado. Reflete sobre a lógica capitalista a partir de um aterro de Porto Alegre onde restos de comida considerados inadequados a porcos são dados a pessoas pobres. Texto primoroso, edição espetacular, lançado antes da “retomada” do nosso cinema.

‘O Auto da Compadecida’ (2000, Guel Arraes) – Lançado primeiro como minissérie, é um dos melhores exemplos de comédia tipicamente brasileira, sucesso de bilheteria e crítica. A adaptação da peça de Ariano Suassuna ainda inovou ao apresentar nas telas de cinema uma linguagem totalmente influenciada pela do teatro. A história de Chicó e João Grilo, dois sertanejos cascateiros que tentam sobreviver em um sertão injusto e desigual, jamais perdeu graça e atualidade.

‘Tropa de Elite 2: o Inimigo Agora É Outro’ (2010, José Padilha) – Mais uma prova de que cinema nacional de qualidade também combina com altas bilheterias. O filme é mais profundo e político que o primeiro e acerta em cheio ao explicitar relações escusas entre policiais, milícias cariocas e poderosos. Dez anos depois, dificilmente o tema poderia ser mais adequado. Isso sem mencionar a originalidade da mistura dos gêneros drama, policial e ação, que levou Padilha à Hollywood para dirigir o novo RoboCop (2014).

 

 

 

 

Por Silvio Santos



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