O deputado Delegado Camargo (Republicanos), presidente da Frente Parlamentar de Defesa do Agronegócio e da Propriedade Privada da Assembleia Legislativa de Rondônia, participou na tarde desta quarta-feira (21), de audiência pública promovida pela Comissão de Agricultura e Reforma Agrária do Senado, onde foram discutidos temas de extrema relevância para o desenvolvimento de Rondônia como a realidade do manejo florestal em área nativa no bioma amazônico e seus desafios.
O convite para que o parlamentar rondoniense participasse da reunião partiu do senador Jaime Bagattoli (PL) e contou com a presença do presidente do Ibama Rodrigo Antônio de Agostinho Mendonça, do diretor do Serviço Florestal Brasileiro Garo Joseph Batmanian; diretor técnico do Confloresta e presidente da CNI, Deryck Pantoja Martins e o presidente do Fórum Nacional das Atividades de Base Florestal (FNBF) Frank Rogieri de Souza Almeida.
Para o deputado Delegado Camargo, discutir o manejo florestal para a Amazônia Legal é discutir o futuro não só das florestas, mas também do agronegócio, das cidades, da economia em geral, uma vez que a região ainda trabalha muito o extrativismo vegetal, e a sustentabilidade do setor vai garantir a sobrevivência da atividade e a manutenção e a geração de empregos no campo e na cidade.
“Essa reunião foi muito importante para o desenvolvimento de Rondônia e de toda a Amazônia. Precisamos discutir formas de desenvolver o agronegócio, a economia, pensando também nas florestas e o manejo sustentável é a saída. O produtor rural precisa ter um modo legal de explorar a sua propriedade, não pode ficar refém de uma legislação que só pensa um lado da história, no caso a preservação. Temos saber quem vai pagar por esse serviço de manutenção da floresta, quem vai pagar o produtor rural que mantém a floresta em pé sob pena de punição legal em caso de desmatamento”, disse o deputado.
Comparando a propriedade rural no atual modelo do Código Florestal a uma propriedade urbana, Camargo apontou a injustiça no tratamento que é dado ao produtor que tem o ônus do cuidado da floresta sem ganhar nada em troca. “Hoje a manutenção de uma propriedade com área de floresta é o mesmo que você comprar uma casa de dez cômodos na cidade e só poder utilizar a cozinha a sala e um quarto. O restante tem que ficar intacto, sob pena da lei. Temos que garantir o direito da propriedade e o direito de sua utilização. O produtor rural não pode pagar o preço, alguém precisa custear esse serviço de cuidado da floresta e o manejo sustentável é uma forma de promover esse equilíbrio”, finalizou.
Texto: Jocenir Sérgio Santanna
Foto: Assessoria