Terça-feira, 15 de julho de 2025 - Email: [email protected]

COLUNA DO XAVIER – CACOAL: AS OBRAS PARADAS, AS PROMESSAS A TIFLOSE…

CACOAL: AS OBRAS PARADAS, AS PROMESSAS A TIFLOSE…

O município de Cacoal possui uma infraestrutura realmente muito boa e está bem acima de grande parte dos principais municípios do estado. Isto é visível! Mas também é visível que muitas coisas precisam melhorar. O problema é que muitas pessoas adoram romantizar tudo e fechar os olhos para a realidade. Recentemente, em entrevista concedida em Ji-Paraná, o prefeito de Cacoal ficou irritado, quando um telespectador perguntou a ele se a história do hospital municipal construído em imóvel privado, a toque de caixa, seria mais uma obra parada, em razão da decisão judicial que suspendeu a reforma e exigiu explicações da Prefeitura Municipal. Não há razão para a irritação do prefeito e os políticos de Cacoal precisam admitir a realidade. Existem, sim, diversas obras paradas, algumas que foram prometidas e nunca foram construídas e outras que foram construídas e não funcionam adequadamente. O prefeito pode até não lembrar, ou não querer ser cobrado, mas não dá para fingir que não existem obras paradas. Neste caso, é preciso reconhecer que nem todas essas obras foram paradas por incompetência da atual gestão, mas negar os fatos é feio…

A obra da Vila Olímpica está parada, há anos. É culpa do atual prefeito? Não! Mas ele nunca disse o que fará para resolver o problema. Essa obra é de responsabilidade de quem tem mandato. Esse papo furado de colocar a culpa nos ex-prefeitos não faz sentido. Qual o projeto que existe para solucionar a situação? Por que o contribuinte não é informado sobre a realidade da obra? Ex-prefeitos não possuem mandato, não gerenciam orçamento e nem possuem legitimidade para voltar e concluir obras. É por isso que existe a posse de quem se elege, para dizer o que vai fazer. Esse discurso de dizer que, para concluir determinada obra abandonada, precisa de milhões e, por isso, não vai se responsabilizar, não combina com as regras da Administração Pública. Quem assume o cargo tem o dever de assumir tudo que ficou para trás, os benefícios, que servem como palanque, e também o que está por fazer. Fingir que as coisas não existem é admitir incompetência. Situação semelhante é do Hospital Municipal, porque os atuais políticos tentam jogar a culpa sempre para outros. Onde estão as pessoas responsáveis pelos projetos do município?

Mas, na citada entrevista, o prefeito tentou adotar para si a pavimentação de 184 vias públicas, que foram feitas pelo governo do estado; não pela Prefeitura de Cacoal. Pouco tempo atrás, o governador esteve no município e, durante um evento, puxou o prefeito pelo braço e pediu a ele que dissesse quem fez o asfalto nas ruas. Muito sem graça, o prefeito deu um sorriso amarelo e disse que foi o governo do estado que fez o asfalto. Já, no caso, das vias que não tiveram o trabalho concluído, ninguém tenta tirar vantagem e dizer que é obra sua. O prefeito de Cacoal deveria ter desmentido o governador, quando foi questionado, mas não fez isso, porque certamente sabe que o Programa Tchau Poeira nunca foi um programa da Prefeitura de Cacoal. Aliás, nenhum município do estado, nem mesmo a capital, possui recursos para asfaltar 184 ruas. É muito mais fácil dizer que foi o governo que fez. Isto não significa que o governo estadual tenha feito nenhum favor a Cacoal, como também não se pode afirmar que é um governo preocupado com a população. Os constantes problemas no setor de saúde deixam claro que o governo de Rondônia está devendo, e muito, aos cacoalenses. Mas não custa nada ser justo com o governo, na história da pavimentação de vias públicas…

A reforma do Feirão do Produtor, essa, sim prometida pelo atual prefeito, desde o tempo em que era deputado, até hoje não aconteceu. Na época ele dizia que a administração era incompetente e que o dinheiro estava na conta. E por que não aconteceu a reforma até hoje? Situação semelhante ocorre com a reforma do Beira Rio, que ninguém sabe quando vai terminar. A conversa era de mudar a  sede da Prefeitura de Cacoal para o local, mas não há sequer previsão, além do que nunca houve nenhuma matéria em tramitação na Câmara Municipal, sobre a autorização para mudar o Paço Municipal. Não há como negar que essas obras estão paradas e abandonadas. E, bem perto do Beira Rio, há outra obra abandonada: aquela que deveria ser para fazer um enfeite que seria uma entrada na cidade, para quem vem de Rolim de Moura. E o asfalto da Linha 6, não é uma obra parada? Como o asfalto da linha parou, é mais fácil dizer que o governo federal não faz os repasses. Mas é preciso mostrar os documentos que comprovam que o governo está enrolando. Jogar para a plateia não vale. Em geral, as obras federais costumam mesmo parar, quando os municípios não dão conta de apresentar os documentos exigidos.

Com relação às obras da rua Uirapuru, todo mundo fez vídeos para fazer propaganda pessoal, quando parecia que estava tudo bem. Mas, na primeira chuva, os problemas continuaram e ninguém foi ao local fazer vídeos. Neste caso, não se trata de uma obra abandonada. É uma obra muito malfeita e que hoje gera muitas dores de cabeças para quem vive nas proximidades. E o que dizer da reforma da rodoviária? No caso da rodoviária, não é uma obra parada, porque tudo que existe sobre a rodoviária não passa de papo furado de palanque, porque sequer iniciou, mas muita gente prometeu, inclusive o atual prefeito.  Claro que há outras situações, mas os casos citados servem para refrescar a memória dos políticos que fazem barulho nas redes sociais, mas fingem cegueira sobre as obras não iniciadas, paradas ou que não funcionam, como a rua Uirapuru… Tenho dito!!!!

 

FRANCISCO XAVIER GOMES

Professor da Rede Estadual e Jornalista



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