Quinta-feira, 04 de setembro de 2025 - Email: [email protected]

APRENDIZADO Aprender não tem idade: idosos redescobrem a vida através da educação no CCI

No Centro de Convivência do Idoso, o estudo se transforma em inclusão, autoestima e novas amizades

 

Sebastião Marinho, morador do bairro São Francisco, vive uma experiência inédita

Sebastião Marinho, morador do bairro São Francisco, vive uma experiência inédita

Aos 80 anos, o aposentado Sebastião Marinho, morador do bairro São Francisco, vive uma experiência inédita. Pela primeira vez, ele frequenta uma sala de aula. “Aposentado, não consigo mais emprego. Então aqui eu aprendo, ganho amigos, e aqui a vida é outra. Nunca estudei, mas hoje aprendo a fazer cálculos, a ler. Aqui eu aprendo e ensino também”, conta emocionado.

 

A história de Sebastião se soma à de outros 36 idosos que, duas vezes por semana, se reúnem no Centro de Convivência do Idoso (CCI), no bairro Tiradentes, para aprender a ler, escrever, fazer contas e até lidar com a tecnologia. O projeto, realizado em parceria com o Serviço Nacional de Aprendizagem Rural (Senar) e o Sindicato dos Produtores Rurais de Porto Velho, é mais do que alfabetização: é um resgate de autoestima e de sonhos.

 

EDUCAÇÃO COMO INCLUSÃO

 

Para a Vanessa Carvalho, lecionar para eles tem sido uma das experiências marcantes

Para a Vanessa Carvalho, lecionar para eles tem sido uma das experiências marcantes

Segundo a professora Vanessa Carvalho, ensinar idosos tem sido uma das experiências mais marcantes de sua carreira. “Na minha área, sempre trabalhei com o público rural. Aqui no CCI estou fazendo inclusão. Eles aprendem a ler uma bula de remédio, entender uma receita de bolo, fazer cálculos básicos para não errar no troco e até usar o celular. Isso melhora a mente, a socialização, a autonomia e, acima de tudo, a autoestima”, explica.

 

IMPACTO ALÉM DA SALA DE AULA

 

Para a coordenadora do CCI, Sabrina Bianca, a educação na terceira idade é um presente diário. “O impacto é tudo de bom. Eles chegam aqui e sentem leveza, alegria. Muitos relatam que, na terceira idade, estão finalmente se realizando. O ambiente de convivência e aprendizado é transformador”, afirma.

 

Entre os alunos está também Sónia Helena, 66 anos, moradora do Jardim Santana

Entre os alunos está também Sónia Helena, 66 anos, moradora do Jardim Santana

A procura pelas aulas cresceu tanto que já há turmas no período da manhã. A cada encontro, além do aprendizado, os alunos compartilham histórias de vida, conquistas e novas amizades.

 

VIVER É APRENDER SEMPRE

 

Entre os alunos está também Sónia Helena, 66 anos, moradora do Jardim Santana, que fala com brilho nos olhos: “É gratificante. Conhecemos outros caminhos, fazemos amizades, convivemos. Aqui não perdemos nada, só conquistamos. Saímos de casa para encontrar felicidade. A professora é maravilhosa e a gente só tem a ganhar.”

 

O CCI mostra que o envelhecimento pode e deve ser ativo, marcado por novas descobertas e oportunidades. Estudar na terceira idade não é apenas aprender a ler e escrever, mas fortalecer a memória, estimular a saúde mental, prevenir doenças cognitivas, cultivar a autonomia digital e, acima de tudo, viver a vida em sua plenitude.

 

Texto: Jhon Silva

Fotos: Jhon Silva

 

Secretaria Municipal de Comunicação (Secom)

 

 



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