Da Redação – De acordo com o Ministério da Saúde, mais de 75 mil diagnósticos de trombose foram registrados em 2024 no Brasil. Apenas no primeiro semestre de 2025, já são mais de 36 mil novos casos, o que equivale a uma média superior a 200 por dia.
A data de 16 de setembro, Dia Nacional de Combate e Prevenção à Trombose, reforça a importância da conscientização sobre a doença, considerada silenciosa e potencialmente fatal.
O que é a trombose
A trombose ocorre quando um coágulo sanguíneo bloqueia uma veia ou artéria, dificultando a circulação. O tipo mais comum é a trombose venosa profunda, geralmente nas pernas, que pode evoluir para embolia pulmonar.
“O problema é que, muitas vezes, a doença só é descoberta depois de complicações graves. É fundamental investir em prevenção e diagnóstico precoce”, alerta o cirurgião vascular da Santa Casa de São José dos Campos, José Flavio Botelho Domingues Neto.
Fatores de risco e sintomas
Entre os principais fatores de risco estão a imobilidade prolongada, cirurgias, uso de anticoncepcionais, obesidade, tabagismo, gestação, envelhecimento e histórico familiar. O especialista lembra que não se trata de uma condição restrita a idosos: “Gestantes, pacientes hospitalizados e pessoas em recuperação cirúrgica estão entre os mais vulneráveis.”
Os sintomas de alerta incluem inchaço repentino, dor, calor e vermelhidão nas pernas. Se o coágulo se desloca, podem surgir falta de ar súbita, dor no peito e palpitações. “Esses sinais não devem ser ignorados. A procura por atendimento rápido pode salvar vidas”, reforça o médico.
Prevenção
Hábitos simples ajudam a reduzir o risco: manter-se ativo, beber bastante água, evitar longos períodos sentado ou deitado e não fumar. Em viagens prolongadas ou situações de imobilização, recomenda-se caminhar, alongar as pernas e, se indicado, utilizar meias de compressão.
Diagnóstico e tratamento
O diagnóstico é feito por meio de avaliação clínica e exames de imagem, como a ultrassonografia com doppler venoso, que identifica os coágulos. “A boa notícia é que, quando detectada precocemente, a trombose tem tratamento eficaz. O desafio é fazer com que as pessoas reconheçam os sintomas e busquem ajuda médica a tempo”, conclui Domingues Neto.
