Segunda-feira-15 de setembro de 2025 - Email: [email protected]

FGV: mais ricos estão concentrando cada vez mais renda no Brasil

Estudo foi feito com base no Imposto de Renda

Pesquisa do Instituto Brasileiro de Economia da Fundação Getulio Vargas (Ibre/FGV) com base no imposto de renda mostra que os mais ricos estão concentrando cada vez mais renda no Brasil.

Entre as evidências mais importantes da análise, destaca-se no período recente o crescimento da renda dos muito ricos a um ritmo duas a três vezes maior do que a média registrada por 95% dos brasileiros. “O que, ao que tudo indica, a confirmar-se por estudos complementares, elevou o nível de concentração de renda no topo da pirâmide para um novo recorde histórico, depois de uma década de relativa estabilidade da desigualdade”, diz a pesquisa.

O levantamento divide os estratos em o milésimo (0,1%) mais rico, o 1% mais rico, os 5% mais ricos e os 95% restantes da população adulta (com 18 anos ou mais de idade). “E o que se vê é que, além dos mais ricos terem, em média, maior crescimento de renda do que a base da pirâmide, a performance é tanto maior quanto maior é o nível de riqueza”, conclui o IBRE/FGV.

Ou seja, enquanto a maioria da população adulta teve um crescimento nominal médio de 33% em sua renda no período de cinco anos, marcado pela pandemia, a variação registrada pelos mais ricos foi de 51%, 67% e 87% nos estratos mais seletos. Entre os 15 mil milionários que compõe o 0,01% mais rico, o crescimento foi ainda maior: 96%.

Como resultado disso, a proporção do bolo apropriada pelos 1% mais rico da sociedade brasileira cresceu de 20,4% para 23,7% entre 2017 e 2022, mais de quatro quintos dessa concentração adicional de renda foi absorvida pelo milésimo mais rico, constituído por 153 mil adultos com renda média mensal de R$ 441 mil em 2022.

Os resultados da análise com base nos dados do imposto de renda servem de alerta sobre o processo de reconcentração de renda no Brasil e sobre os vetores que mais contribuem para isso: os rendimentos isentos ou subtributados que se destacam como fonte de remuneração principal entre os super ricos.

“Em resumo, ainda é cedo para avaliar se o aumento da concentração de renda no topo é fenômeno estrutural ou conjuntural, mas as evidências reunidas  reforçam a necessidade de revisão das isenções tributárias atualmente concedidas pela legislação e que beneficiam especialmente os mais ricos”, finaliza Ibre/FGV.

Edição: Valéria Aguiar

Mais notícias sobre cidades de Rondônia

CONSCIENTIZAÇÃO Prefeitura realiza palestra “Cidade Consciente, Cidade Limpa” na Escola...

  A ação faz parte do cronograma do Dia Mundial da Limpeza, que será realizado 22 de setembro   Estudantes aprenderam sobre a importância de cuidar do...

ASSISTÊNCIA SOCIAL: Mais de 30 kits do programa Mamãe Cheguei são...

  Mamães indígenas também foram contempladas com kits do programa estadual Mamãe Cheguei   A atenção do programa estadual Mamãe Cheguei, dessa vez, alcançou as mulheres de...

Prefeitura intensifica limpeza do sistema de drenagem, mas solicita ajuda da...

Descarte incorreto do lixo entope os canais e bueiros, e gera transtornos para os moradores Equipes da Seinfra realizam a limpeza entre outras ações, mas...

Assembleia aprova R$ 3,7 milhões para compra de medicamentos

Verba vai para o Fundo Estadual de Saúde em acordo com o Consórcio Brasil Central. A Assembleia Legislativa de Rondônia (Alero) aprovou nesta semana, por...

Vereador Gedeão Negreiros solicita maquinário agrícola para apoiar famílias do Ramal Maravilha

Pedido de providência busca garantir preparo do solo e incentivar a produção de pequenos agricultores O vereador Gedeão do Edvilson Negreiros (PSDB) protocolou na Câmara...