Lançado na última sexta-feira (10) durante live, o livro Pele de Rio pode ser baixado gratuitamente no site juracijunior.com.br, na aba Pele de Rio. Mais de 300 pessoas assistiram ao bate-papo entre o autor, Juraci Júnior, e o fotógrafo e documentarista convidado Luiz Brito, com mediação de Francis Madison, sobre o processo de criação do livro, o olhar para a cidade e sua cultura. Para quem perdeu, a live está disponível no canal de Juraci no YouTube (veja).
“Me sinto muito honrado de poder participar desse projeto, que é tão importante para nós. Eu li Pele de Rio três vezes e a cada momento eu mergulhava mais e descobria mais coisas. Juraci tem um olhar fotográfico e um olhar poético”, disse Luiz Brito logo no início do bate-papo. Segundo ele, o autor dirige o olhar do leitor para a cidade de forma sensível e as poesias são um complemento das imagens e vice e versa.
Sobre o olhar para a cidade, Luiz afirma que as pessoas têm uma preocupação em documentar a cidade e tem em seus acervos fotografias espetaculares, que muitas vezes nem se imagina encontrar sobre a história da cidade. “Eu me encontro com personalidades e eu me encontro com elas na fotografia, é como se eu conversasse com elas. Eu encontro Dona Labibe, eu encontro Esron de Menezes e pra mim eles não se foram. É essa a importância imagética, a da memória”, afirma o documentarista, que tem entre os seus principais temas de registro a Estrada de Ferro Madeira-Mamoré, o festejo do Divino Espírito Santo e as queimadas.
Juraci Júnior conta que o seu processo de olhar e de registro sobre Porto Velho vem do sentimento de pertencimento e de identidade. “É nesse sentido que me proponho a trabalhar e não tô falando exclusivamente do livro. Eu tenho experimentado esse olhar mais sensível ao que está a minha volta inclusive nos produtos televisivos. Quando eu trago um programa turístico sobre Rondônia, eu questiono às pessoas sobre o ‘qual Rondônia você conhece?’ e isso fica muito impregnado na minha própria trajetória de identidade”, explica o autor. Para ele, é muito importante quando se percebe a cidade, os espaços, e entende que ela faz parte da sua memória física, imagética, de afeto e política. “Olhar Porto Velho é entender que esse complexo de elementos fazem parte de mim”, finaliza.
E foi a partir da ideia de compartilhar esse olhar atento e sensível para a cidade que surgiu o livro que, através do relato de quem leu, vem cumprindo o seu papel. “Eu não conhecia a cidade onde moro há 10 anos. Hoje, através de Juraci, conheço e olho para Porto Velho com outros olhos”, revelou Miriam Lima durante a live. “Trabalho necessário para o fortalecimento da nossa identidade cultural. Projeto incrível”, disse Tatiana Nara Sadeck, outra participante.
O livro Pele de Rio é um projeto fomentado com recursos da lei 14.017/2020 – Lei Aldir Blanc, por meio da Prefeitura do Município de Porto Velho – FUNCULTURAL. Baixe gratuitamente e compartilhe.
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