Com tanta campanha de valorização feminina, de chamadas à presença delas nos partidos, estabelecimento de cotas de 30% do número de candidatos em todas as legendas, o resultado da eleição para vereador em Porto Velho, este ano, mostrou que a bancada feminina saiu enfraquecida.
A campanha a favor da maior participação feminina na eleição deste ano, feita inclusive por mídias do Tribunal Superior Eleitoral, só faltou dizer a quem estivesse assistindo que era pra votar em alguém do sexo feminino, mas pelo visto não foi a lugar algum e os resultados foram baixos.
Apuradas as urnas, Porto Velho elegeu duas vereadores, contra 19 homens eleitos, uma delas a veterana Elis Regina, já com vários mandatos, e a novidade é Márcia Socorrista de Animais. Só para comparar, em 2008 e 2016 foram eleitas três mulheres por pleito. Em 2012 foram quatro.
A ex-deputada Lúcia Tereza (falecida em 2017), foi por três vezes eleita prefeita de Espigão do Oeste e outras tantas deputada estadual, disse em entrevista ao jornal Alto Madeira, em 2015, que o voto feminino era mais difícil de conquistar, mesmo sendo mulher a candidata.
É um bom tema para ser analisado por quem faz “leitura” do andamento da política e de cientistas políticos, Talvez encontrem uma explicação que justifique os motivos pelos quais as mulheres candidatas, depois de tanta campanha de mídia, não conseguiram emplacar mais que duas eleitas para a Câmara e suas explicações possam facilitar interessadas em concorrer em 2022.
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