Até este momento e por muito tempo, vamos ficar sem entender, como é que uma pessoa que só pensava no bem-estar do próximo, em ajudar quem estivesse precisando e o que era mais importante, não tinha hora e nem tempo ruim e mais, jamais alguém a viu sem estar com um sorriso estampado naquele lindo rosto.
Pois é meus amigos, estou falando da amiga/irmã Mariluce Ferreira Gonçalves a querida e amada Marycyanne. Mary faleceu na madrugada do último domingo 10 (Dia das Mães), aliás, ela era considerada a MÃE de todos os grupos envolvidos com a Cultura Popular fosse no segmento Folclore ou Escola de Samba, não tinha cor, não tinha bandeira, Mary sempre arranjava um tempo para colaborar, não só com o grupo mas, com as entidades representantes desse grupos, como a Federon (Quadrilhas e Bois Bumbás) e FESEC (Escolas de Samba) porém, em se falando de preferência ela tinha as suas: No segmento folclore, a quadrilha JUABP escola de samba era a Império do Samba e Diplomatas, mas, na hora de colaborar, eram todas.
Essa jovem benfeitora da nossa cultura foi mais uma vítima do novo coronavírus e o mal Covid + 19. O pior é que esse mal não nos deixou se despedir da amiga, nem chegar perto do caixão, não podemos nos despedir com a realização de um velório digno de uma rainha. Logo no início da tarde domingo o corpo da Mary foi transportado para o cemitério, os folcloristas (alguns) se concentraram a beira da rodovia que leva ao cemitério e ali, quando o carro da funerário passou, fez o que pode, para dar o último adeus a amiga.
Aproveitamos o texto publicado pelo Eudes Claudino para mostrar o carinho de todos os segmentos culturais para com a Marycyanne:
“Infelizmente nossa amiga faleceu logo após nossa oração, ela foi pra perto de Deus, estamos tristes, arrasados, uma pessoa maravilhosa, amiga, que estava sempre pronta pra servir, hoje a nossa cultura, perde uma grande pessoa, sempre envolvida com nossas culturas, posso dizer, ela amava toda a manifestação cultural, os arraias, não vão ser igual sem ela, o Carnaval não vai ser igual sem ela, enfim, a cultura perde muito com sua partida, convivi muito com ela, por essa briga pela nossa cultura, vá minha amiga, se um dia eu tiver poder, eu te prometo, colocar o seu nome, em algum espaço da cultura do nosso município, hoje eu perdi uma irmã, não foi uma amiga”.
Descansa em paz Cyanne!
Por Silvio Santos